domingo, 1 de setembro de 2013

Por favor, chega logo!


Fica fácil falar. Enquanto penso em nós dois, as palavras se deixam levar. Minha cama está tão fria. Meus olhos entregam o medo de dormir sozinha. Você teve que ir, afinal, é quase dia. Eu me reviro em mil na cama, fechar os olhos se torna quase impossível. O celular cai em mãos vazias e a chamada insiste em não se completar. O que na realidade eram alguns minutos, iam se tornando horas. Quando enfim uma mensagem chega: “Estou viajando ainda, meu amor”. Há algum tempo atrás eu não me importaria, na verdade, dormiria muito bem sozinha. Mas hoje é diferente. Larguei o mundo em que até então eu vivia. Deixei minha cama, minha casa, minha família em busca de um futuro ainda distante que havia escolhido para viver. E por algum motivo escolhi você pra estar ao meu lado. Cada vez que você deixa a cama, dói. Refaço seus passos, lembro seus beijos, sorrisos, da sua vontade em ficar na cama, da chave trancando a porta. E então meus olhos se direcionam fixamente em direção a porta. Estou te esperando, amor. Você já é tão acostumado! Me pega no colo e me faz carinho até eu acordar. Me lembra o quanto o nosso amor é forte e eu te lembro o quanto é difícil ficar algumas horas sem você.

Por favor, chega logo! 

- Victória Calderon 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pensamentos embaralhados

Há algo que fogem às minhas palavras. Algo que foge à minha ânsia de escrever ou de pronunciar palavras. Por um longo período perdi um precioso tempo pensando no que poderia ter sido ou no que poderia ter feito, em quem poderia ter me tornado. Em quem fui, em quem deixei de ser.
Será que desejos, medos e ambições seriam os mesmos? Meus afetos e desafetos teriam mudado? Os obstáculos, tão difíceis de serem ultrapassados, ainda estariam presentes? Tenho me perguntado...
Em uma caminhada de meses, experimentei das mais extraordinárias sensações, provei das mais saborosas experiências e me deparei com os mais sombrios medos, culpas e inseguranças.
Espinhos das rosas mais belas deixaram arranhões, que mesmo em sua leveza, não se fecharam tão rapidamente. Borboletas por dias pousavam aos pés de minha cama para iluminar o dia oriundo de uma noite tão fria. Sussurros com a palavra "Desista" entrelaçadas, todo o tempo.
Tantos são os pensamentos que invadem a mente, que por vezes, tudo se embaralha. Os olhos escurecem e nem mesmo o próprio reflexo ao  olhar no espelho parece fazer sentido.
Então, não, por favor, não pense! Não se prenda a milhares de pensamentos embaralhados. Liberte-se, permita-se.
Se permita ser ou fazer, mas jamais, jamais se permita desistir.
Solte-se, mas não, não se embaralhe em pensamentos.
Deixe-os soltos e semeie-os um por um.

Após algumas jornadas caminhando perante a diversas situações, o respeito a si mesmo me parece essencial. Talvez a chave da vida esteja em respeitar limites... seus, meus. Limites estes que comprovam até aonde nós, sensivelmente frágeis e maldosos na mesma intensidade, podemos ir ou até onde nos permitimos parar para obter forças, fé.
Talvez seja essa a chave...
Talvez só dependa de mim, só dependa de você.

Talvez..

- Victória Calderon F. 


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Poesia: Viva menina



Viva, menina

E mesmo quando chorei
Tive que ser suficientemente forte
Para admitir que no entanto
Não era assim tão forte

Quando estive triste
Não me bastava tristeza
Mas diga, por que precisaria de motivos?
Ou por que olhos tristes?
Já que motivos, não haviam.

Procurei entender o que é viver
Me faltaram respostas
Mas afinal...
Tão nova em um mundo tão antigo
E relativamente tão pequena em um mundo tão grande
Quantas perguntas me caberiam as respostas?

Então viva, menina.
O coração que a noite machucaram, ainda sim acorda batendo
A memória que a muito abriga lembranças que a atormenta
Há de ser a mesma que abrigará bons momentos
Viva, e não se esqueça,
Seu caminho apenas inicia
Respostas chegarão, quando você finalmente estiver pronta para entende-las


                                   ( Texto por Victória Calderon - Interpretação por Pablo Teofilo )


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mesmo ausente, não se esqueça.



Em um certo momento lhe faltaram palavras, a distância se fazia maior a cada dia. Lembranças lhe enchiam os olhos ao saber que estava tão longe. E o coração apertado corria para perto em busca de conforto. Estranho bem suas palavras a fazia. Seus olhos se faziam simétricos junto a cada parte de seu rosto. Sua voz, soava como música. E o desejo, se mantinha aquecido mesmo em sua ausência. Lhe sentia tão perto e de repente algo havia escapado de suas mãos trazendo uma angústia inconformável. Tentava se afastar, talvez medo. Mas algo surpreendentemente sempre lhe puxava para perto. E então um sentimento crescia, sem explicação, sem lógica. Se fazia essencial assim como olhar o sol pela manhã. Necessário como o surgir da lua ao anoitecer. Era você, uma nova história com marco, sem porque, sem pra quê. Algo lindo, tão lindo quanto dois olhares se cruzando. Um sonho, sonhado por ela, por ambos. Que insistia em juntar dois caminhos. E que relutava em ser despertado. E mesmo que o despertar do sonho chegue para você, ainda sim ela estará lá, aonde sempre esteve. Na continuação desse sonho, sem fim. Que será relembrado, dia após dia. Sentido e desejado. E um dia certamente, perceberá o valor de quem mesmo não se fazendo notar, sempre esteve presente. Pedindo todas as noites por um único abraço ou para que houvesse algo ao seu lado lhe protegendo, onde infelizmente ainda não poderia estar.


Mesmo ausente, não se esqueça.  Sempre desejarei estar ao seu lado.


- Victória Calderon F

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quantas vezes, amor.

E foi a um pedaço de papel em que me pus a escrever os desabafos de meu coração. Palavras que correspondiam a sentimentos, que denunciavam minhas vontades, desejos. Lágrimas, talvez sem razão iam fugindo de meus olhos, deixando marcas sobre o papel que somente eu as poderia entender. Segura-las seria o mesmo que pedir ao tempo, que parasse. Era notável o cansaço, desespero. Estava cansada de certas rotinas, principalmente a que insistia em relembrar dores passadas. Mania tola de se eternizar o amor em pequenas partes do dia a dia. Amor, Quantas e quantas vezes pensamos em desistir, deixar de lado. Quantas vezes batemos em retirada com o coração amargurado por injustiça, decepção. Quantas vezes sentimos o peso de uma responsabilidade sem poder dividi-la. Nos sentimos só, mesmo com a presença de um, ou outro. Quantas vezes voltamos para casa com a sensação insuportável da derrota. E ah... Quantas vezes aquela lágrima teima dolorosamente em cair tendo de ser disfarçada por um sorriso. Quantas vezes lutamos por uma causa já perdida. E quantas vezes olhamos ao céu, suplicando por ajuda. Talvez um pouco de força, paciência. E a resposta vem, com um sorriso, um olhar, uma palavra. E nós insistimos. Insistimos em prosseguir. Em acreditar, transformar. Em ser ou estar. E algo maior nos insiste, cada vez mais em estar alí, exatamente aonde estamos. Talvez uma força renovada, um sentimento antes ausente. Não sei ... Porém, sempre por o mais difícil dos caminhos. Por ser este uma missão a ser cumprida, a somente de SER FELIZ! Ah ... Felicidade; Convicção de ser amado por aquilo que você é, ou melhor .. APESAR daquilo que você é.

Eu precisava mudar e sabia disso. Então lhe digo o que hoje digo a mim mesma, mesmo que a chuva ainda caia la fora. E o vento forte bata em sua janela. Levante a cabeça. Mesmo que o pensamento ache que chegou o fim e o coração peça um tempo, Acredite em você. Mesmo que o sol escureça a alegria de viver ou de levantar pela amanhã. Lembre-se do seu passado, do que já teve que suportar, já com sucesso. E siga em frente. Se está tudo errado, há concerto. O coração que a noite foi machucado há de ser o mesmo que acordará batendo. Espere a tempestade passar, afinal, sempre será mais fácil enxergar quando o sol raia lá fora. Os valores que perdeu, os sonhos que não há mais. Vai restaurar em sua vida e te dar em dobro o que se foi. Vai cicatrizar a ferida e lhe dará paz. Vai restaurar sua vida e mostrar de novo o que é amar! Acredite.

- Victória Calderon F

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Em busca de um sonho

Lá estava ele, sentado só, a porta de casa. Contendo em mãos, uma caixa. Comum aos olhos de quem por ele passava, e via. Porém sem muito transparecer, havia em seu interior uma notável diferença a quem se propunha enxergar. Haviam papéis rascunhados e certas pedras, de uma cor mais clara. A sua frente, todos os dias observava a presença de uma menina, cujo também, de longe o ficava observando. Aparentemente curiosa, tinha em suas mãos um caderno, onde nele, parecia tudo anotar em uma espécie de rotina sem fim. De um lado, ele. Rascunhando papéis e, volta e meia retirando ou deixando em sua caixa, uma pedra. Do outro, ela. Anotando tudo o que via, ou entendia. Dias passavam e essa mesma rotina vinha a se repetir. Até que ao final da tarde de uma quarta feira, ela, decidiu então ir até ele e lhe perguntar, o que, na verdade significava tudo aquilo. Ele com um leve sorriso, a respondeu: " Os papeis significam sonhos. Pedras,  obstáculos a serem ultrapassados. A medida em que retiro, conquisto. Mas está ao fim. Restam-me apenas duas, ou melhor dizendo, apenas uma." Retirando assim, uma de sua caixa. Ela, intrigada com tal situação, lhe perguntou o que havia de ser realizado naquele exato momento. " A tempos a vejo tirar conclusões sobre mim, anotando o que me via fazer. Peço que por um único dia, você não julgasse o que com seus olhos, notava, e procurasse vir até a mim, me dar uma chance de eu mesmo te mostrar quem sou e o que faço " Respondeu. Ressentida por falsos julgamentos, lhe pediu desculpa e lhe fez uma ultima pergunta, o que seria finalmente, seu ultimo papel e sua ultima pedra. E ele em fim, respondeu: " O ultimo papel é simplesmente para que eu jamais deixe de sonhar e acreditar em que sou e em quem me tornei. Independente de falsos conceitos. E a ultima pedra, é por saber que vai doer, muitas vezes ainda. O que não me impede de seguir em frente, não tem o mesmo conceito de não dificultar o caminho. Ser julgado por quem não lhe conhece, por algo que você não é, não deixa de ser um obstáculo " A menina então, pegou seu caderno e em sua última folha, escreveu: " Conheça seus sonhos, seus medos, seu coração, seus motivos e seus pensamentos e nem assim julgue, conceitue somente a você "

Poucos vão entender a verdadeira mensagem.

- Victória Calderon F.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Superação

Ela acreditava e pedia todas as noites. Ao ouvir sua voz, por um instante acreditava na certeza e sentia as inseguranças ausente de seu mundo. Estranho bem você a fazia. Porém, sabia, o amor verdadeiro, é dado ultrapassando circunstâncias, dado sem exigências de recíproca. O relacionamento, quando assumido é relatado como recíproca deste, ou assim ela acreditava. E Talvez fosse exatamente tal diferença que faltava a seus olhos, enxergarem.  Do outro lado de um jogo projetado por cores, ela notava o sentido de cada palavra que você redigia. Procurava no não dito, algo pra se dizer. E de uma certa forma você a impressionava na maneira como a tratava. Que por um desconhecido motivo, algo a dizia pra esperar menos, bem menos. O tempo passava, você a encantava. O mundo se abria de uma forma inacreditável. Deitada em seus braços, ela relutava em dizer que lhe amava, até chegado o momento em que você sorria e palavras então, saiam de sua boca involuntariamente. Quando de sua voz escutava, ela simplesmente fechava os olhos e te colocava junto a seu corpo. Apenas segurança de ter alí tudo o que até então, ela acreditava ser o seu mundo. Adormecidos, os dois. Horas depois o dia clareava. Seu silêncio como de costume, predominava entre demais vozes. Você criticava sem procurar entender. Ela apenas sorria. Quisesse ela que de sua boca tivesse sido dito o mesmo silêncio. Dessa forma, hoje, poucas seriam as lembranças do que foi simplesmente, jogado ao vento. "Seja sincero" Tantas vezes, lhe foi repetido. "Confie em mim" Foi escutado. Ela confiou. De um lado a aparente tristeza, decepção. Ao outro, descaso, culpa. O que aconteceu ? Se perguntava. " O esperado " uma voz ao fundo lhe respondia. Não fingiria sorrisos, não seria falsa consiga mesma. Estava cansada de falsas verdades, de fingimentos em sua vida. Era inevitável, estava doendo, lágrimas vinham juntamente ao cair da noite lhe confirmando. Um vazio predominava aos poucos. E respostas de perguntas antigas apareciam de uma forma cruel diante do ocorrido. Correu pra longe, em um momento de covardia, tentou fugir de tudo aquilo que a fazia mal. Fechou os olhos e respirou fundo. " Vai passar ". E quando lhe perguntavam, era forte, não deixava transparecer. Ao tardar da noite, olhava pra cima, a procura de sentido. Desabafava sozinha o que em minutos parecia aliviar. Ainda está com ela, hipocrisia dizer que está tudo bem. Cada ser, tem sua maneira de absorver aquilo que o machuca, a sua se baseia em palavras. Julgada, como indireta ela  simplesmente ignorava. Sabia o significado e não era de sua necessidade provar a alguém do contrário. Ela caminha, e acredita em seu próprio coração. Imperfeita, procura dar o seu melhor. Inocente, acreditará até o final da vida que não existe maldade em quem diz saber amar. Talvez estejam certos e ela seja imatura, porém se na concepção de quem a chama, ser maduro é também, mentir, desrespeitar ou não ligar para o que alguém vai sentir. Ela pede desculpas, mais ela não quer mesmo, ser assim. Existe uma diferença entre ter 10 ou 20 anos. Com 10 é consequencia de sua personalidade e vida ter caráter e ser maduro ou não. Com 20, é somente sua obrigação.

Os dias passaram, ela se confortou. Escreveu uma nova história a sua vida e acreditou fielmente nela. Recomeçou um capítulo e fortemente agradeceu no que lhe foi tirado. Havia sentimento, mas sabia, algo faltava. Não era o que sua vida pedia e seu coração finalmente entendeu. Quem um dia amou, não há de guardar rancor. Ela descobriu o que é ter por dentro, um sentimento sincero, por ela e por outros. E sim, espera, que você um dia possa  vir a sentir o mesmo. Enxergou então, que um motivo para chorar não era maior do que dez para sorrir. Levantou-se, agradeceu e desde então, ela segue em frente.
"Quem me vê, me vê sorrindo, e vai ser sempre assim .. "

- Victória Calderon F. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sinais

Tenho procurado a tanto tempo, sinais que parecem estar escondidos atrás de algo que eu não posso ao menos tocar. Sinais que desvendem o que você realmente é, ou o que representa na minha vida. Por tanto tempo me encontrei em um mundo onde apenas um sentimento me mantinha de pé e sorrindo em relação a tudo isso. A Ilusão! Ilusão de uma imagem irreal que me fazia ter idéias ou visões sobre você que na verdade não existiam, que me impossibilitava de enxergar o que todos insistiam em me mostrar e o que eu insistia em não ver.  Me encontrava na escrita, no silêncio. Imaginava, relembrava momentos e fazia desses, real. Nós éramos estranhos, mas meus sentimentos não mentiam, estava apaixonada por seus olhos, por como eles ficavam quando você sorria e pelo estranho bem que suas palavras me faziam. Por muito tempo, não te reconhecia, seus olhos se escondiam atrás de verdades não ditas, de palavras colocadas ao vento. E toda noite que adormecia você vinha como se essas verdades adormecidas fossem antigas. Antigas verdades que eu jamais desisti de coloca-las no presente. Não por amar, mas por querer de você, uma pessoa que todos pudessem admirar e enxergar assim como eu. Hoje talvez ainda não te reconheça, mas já sinto o gosto do prazer, de satisfação. Prazer em ter que desvendar alguém que eu tanto penso amar e ter saídas pra isso. Prazer no desconhecido, no medo talvez. Medo de me decepcionar com a descoberta final ou ansiedade de poder finalmente ter a certeza do que eu sempre quis acreditar e do que eu sempre quis mostrar a todos. Ansiedade de poder olhar e dizer, " Eu admiro " ou " Eu me Orgulho " e não só " Eu amo " . Você pra mim, é um x em questão que talvez demore meses ou anos para que eu possa conhecer. Mas um x em que eu jamais desisti e vou até o final para descobrir a resposta. 

Você pra mim é céu e inferno. É o prazer e a tortura. É a insegurança e o prazer. É erro e acerto. É talvez o amor ou a paixão. É talvez uma aventura ou apenas um inexplicável desejo de respostas. Curiosidade, Orgulho ou até Vaidade. É quem em cima de erros só me faz enxergar acertos. 


- Victória Calderon F. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Platônico

O pior de tudo é o corpo, que enquanto aqui ainda adormecido, o coração bate, em outro lugar. Lugar a qual a realidade me impossibilita de chegar. Enquanto aqui descanso, o coração viaja, buscando formas de conseguir chegar a você. Chora, ri e sente saudades. Saudades do invisível, do irreal. É curioso como ilusões fazem nosso coração pulsar mais rápido, disparando num segundo, alcançando recordes de velocidade. Você sabe que não é real, e ainda sim, mergulha de cabeça. Faz certas loucuras, experimenta de todos os sentimentos. Se entrega e realmente quer fazer acontecer. Mas há algo que te impede. A  realidade lhe impõe certos quesitos e você não pode cumpri-los. Então você não desiste. Você simplesmente sonha, você imagina. E se teletransporta. Fecha os olhos e deixa a imaginação fazer acontecer. Deixa o coração ditar as regras em uma história que é somente sua. Um encontro a sós, você e eu. Meu coração chama pelo seu nome, sem ao menos saber que é pronunciado. E aqui no meu quarto, sozinha desejo um abraço, um sorriso de perto, um único olhar direcionado a mim. Uma palavra de amor, de carinho. E aqui dentro, uma mão escreve um texto e um corpo se põe a descansar. A mente voa cordenada pelos sentimentos, sonha e se tranqüiliza no seu olhar, um olhar projetado por um jogo de cores. Um olhar nunca olhado verdadeiramente nos olhos. E o coração... bem, o coração está ao seu lado, pulsando, rindo, chorando. E embora isso nunca vá acontecer, eu vou continuar a sonhar. Porque mesmo assim, eu consigo me alegrar na mentira, sendo essa mentira você, sendo essa, um sonho que só você tem o poder realizar. Isso é Platônico, o que é real, passou ou jamais aconteceu. Um sonho da qual você não se importa em não realizar. Foge da realidade de relacionamentos em que você sofre. É simplesmente um sonho ou ilusão, jamais concretizado. Em que a história é você quem escreve sabendo que a pessoa não vai lê-la.

Texto pedido por Sthepanie B.

- Victória Calderon F. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um dia chorei pela sua partida. Hoje agradeço por ela!

Não me recordo de um dia ter desejado sua partida. Mas lembro perfeitamente de quando me disse adeus, de quando virou as costas e simplesmente foi embora. Lembro das lágrimas, das noites mal dormidas e de esperar anciosamente pela sua volta. Tão ingênua. Ia cada vez mais alimentando-me de ilusões, recordações, com a esperança de reviver tudo aquilo que apesar de não aceitar, tinha ficado para traz. Tão imatura. Acreditava que não haveria mais razão a partir dali. Perdia a fome, junto com ela a vontade de sorrir. Conselhos pareciam não importar, não funcionavam, eram literalmente inutilizáveis. O tempo que tantas pessoas me falavam sobre, parecia se eternizar e me machucava cada vez mais. Saudade, Apego, Lembranças, Paixão.. Não sei ao certo o que era! Sabia que tal fato transtornava meu coração e minha mente, mas no fundo sabia que não entendia nem nunca entederia perfeitamente o que se passava comigo. Por muito tempo me deixei levar pela tristeza, pela ilusão, por querer o que já não tinha mais. Me iludia para conseguir suportar a partida e passei a viver em um mundo onde felicidade não era o predominante. Nada do que me falavam era absorvido, apenas escutava.
Foi então que aquele tempo, aquele lá atrás do qual as pessoas tanto me falavam foi passando! Talvez não tenha passado, talvez o nome desse famoso tempo seja amadurecimento, ou seja amor próprio. Parei de ter pena de mim por não ter você e passei a ter pena de você por não ter a mim. Descobri que o significado do ' Eu te amo ' que tantas vezes citei a você, não era na verdade amor e sim paixão. Paixão a qual por um momento me levou ao céu e por outro ao inferno. Passei a me amar, a me dar valor e a querer acima de tudo o meu próprio bem. Com isso, fui dando valor ao que realmente importava. Aos amigos, a familia e a tudo que já havia conquistado e superado. Olhei pra traz, vi que jamais estive sozinha e reconheci o quão imatura e dramática fui todo esse tempo. Um dia chorei pela sua partida. Hoje agradeço por ela. A vida ou o tempo, nos faz reconhecer os valores reais de cada momento. É simples, o valor que você não reconhece, um dia é te cobrado de outra forma. De início não há como aceitar, muito menos entender o porque. Mas acredite, você é seu próprio tempo. Ser simples nem sempre significa ser fácil. A vida sempre esteve pronta para te ensinar a qualquer forma as coisas certas, e a cada ação existe um preço a pagar, depende de você ser alto ou não. Um conselho, quando passar pelo pior tente enxergar a sua volta tudo o que sempre te fez feliz e lembre-se que nada acontece por acaso, se está acontecendo com você, é pra acontecer!

Nada muda se você não mudar
Texto pedido por Amanda, Laura e Beatriz! :)

- Victória Calderon F.